Porque fazer um processo de autoconhecimento? - Leo Buso

Porque fazer um processo de autoconhecimento?

Todo indivíduo carrega um arsenal de conteúdos próprios, como vivências, experiências, histórico de vida, desde a primeira infância, que geraram padrões conscientes e inconscientes de onde derivam os comportamentos, desejados e indesejados. Somente um processo verdadeiro de autoconhecimento é capaz de trazer luz para os aspectos inconscientes. São esses aspectos, que muitas vezes, nos fazem ter comportamentos e atitudes que afetam negativamente os outros e a nós mesmos, mesmo quando não temos a intenção de executá-los. 

O primeiro grande passo para uma imersão ao autoconhecimento é a real auto aceitação de como exatamente somos hoje, sem julgamento do que é certo e errado.  Olhar como observador pode nos ajudar a contatar outras partes que carregamos dentro de nós, que ainda não foram acessadas conscientemente. Essas partes migram para um espaço (não físico), o inconsciente, quando não podemos ou não queremos olhar, por medo, raiva, dor, culpa, etc. 

Mas você deve estar se perguntando o porquê deste processo, por que temos um mecanismo como este? Embora seja complexo, o intuito deste mecanismo é “arquivar” conteúdos que ainda não conseguimos dar conta. Como não temos ainda condição de lidar com algum aspecto que julgamos negativamente, esse mecanismo se encarrega de “guarda-lo” provisoriamente, para que num outro momento, possamos, com outras condições, acessá-lo. Mas o viés desta história é que o deixamos arquivado mais tempo do que precisávamos, não somente por ainda não termos condição, mas simplesmente por que estamos vivendo uma vida automaticamente, onde o mundo externo tem maior importância do que o mundo interno. E como resistimos a este contato, eles surgem de maneiras mais variadas, afetando negativamente a nós mesmos e aos outros. Geralmente é aquele comportamento que fazemos sem querer fazer ou aqueles outros que nos assustam quando os fazemos.

Por isso, olhar nossa verdade é reconhecer a nossa real dimensão, tamanho, luz e sombra. É não nos colocarmos num pedestal, quando queremos esconder nossas inseguranças e medos, ou nos inferiorizarmos por não reconhecermos as nossas qualidades, por uma autoestima comprometida. É olhar como observador para todas as partes que existem em nós, sem negar, vitimizar ou fugir do que somos ou do mundo.

Por isso, para se falar de autoconhecimento o primeiro passo é o olhar para dentro (nosso interior), para baixo (com profundidade) e para trás (pesquisar os padrões adquiridos em nosso histórico de vida). Assim poderemos ter maior clareza de quem verdadeiramente somos e dos nossos conteúdos, sabendo, inclusive, melhor discernir o que é realmente nosso e o que é do outro, sem projeção, sem medo e principalmente, com generosidade e auto aceitação.

Palestrante e Trainer em Desenvolvimento Humano, Psicoterapeuta, CEO da Spaço Quality (Gestão da Qualidade de Vida do Trabalhador e EKZISTI (Desenvolvimento Humano).

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