Qual a diferença entre propósito e sentido de vida? - Leo Buso

Qual a diferença entre propósito e sentido de vida?

Qual a diferença entre propósito e sentido de vida?

Propósito embora muito comentado, ainda não se tem uma definição clara para maioria das pessoas. De certo que propósito se relaciona com a intenção de fazer algo, um projeto, um objetivo. Mas quando se associa a palavra vida – Propósito de vida, qual o sentido?

Se a interpretação for literal, estaremos falando da finalidade da vida, mas de quem – do indivíduo ou, de forma geral, dos seres humanos? O termo propósito de vida está relacionado ao indivíduo, ao seu mundo subjetivo, à busca pessoal por algo que não seja apenas um objetivo, mas que lhe traga sentido próprio.

Mas iniciaremos falando do propósito. Erroneamente algumas pessoas atrelam o propósito à um sonho, ao fazer o que se ama, ao porquê nasceu, ao motivo pelo que se acorda, mas isto não transcreve o sentimento e a realidade do propósito de vida, pois estamos limitando a abrangência deste termo, resumido em um único de seus pilares: nossas escolhas. Nascemos porque fomos gerados para uma experiência humana, acordamos porque estamos vivos e nossos sonhos, apenas são parte de nosso propósito.

Nosso propósito está estruturado em três pilares: Escolhas (aqui entra nossos desejos, sonhos, o que de fato queremos), Obrigatoriedades (todo propósito carrega uma entrega, uma missão, um dever para com o próprio indivíduo e para com o coletivo) e Possibilidades que podem ser inseridas ao longo de nossa jornada.

Podemos então entender que o propósito de vida fala com o que se QUER, o que se PODE e com o que se DEVE fazer, ser e estar. É na conjunção do querer, poder e dever que encontramos esta posição chamada propósito de vida. Portanto, não podemos nos iludir achando que o propósito de vida é apenas nossas escolhas, o sonho, o desejo, o querer, pois obrigatoriedades e possibilidades irão se incluir como estruturas para a manifestação do real propósito de vida.

E precisamos saber disso, para não cairmos no erro de buscar apenas pelo que amamos. Sim, este é o Norte e iremos em frente em busca de tudo que queremos, mas nem tudo que queremos, podemos ou devemos. Quando o querer encontra o que eu posso e o que devo, aí está o propósito de vida. Neste sentido o propósito de vida seria como nossa missão de vida, com um destino a ser cumprido pelas intenções de escolhas que iremos buscar.

O primeiro passo é saber o que se quer, este é o Norte, buscar coisas que fazem sentido. Porém encontramos tantas pessoas perdidas no que outras pessoas querem, configurando uma jornada para atender expectativas externas, que jamais chegam em um querer genuíno. É um querer idealizado por si e pelos outros, que jamais trará um sentido próprio, mesmo com o êxito e sucesso das conquistas.

O sentido é uma construção ao longo da jornada de um indivíduo. É algo favorecido desde os primeiros dias de vida, onde a espontaneidade facilitada pelo ambiente cuidador, promoverá o encontro com o mundo na medida da possibilidade e necessidade da criança, nem antes e nem depois, no tempo dela. É uma continuidade de ser que permite experimentar a vida, sem tantas intrusões ou negligência. Crianças que foram construindo uma identidade própria sem terem que se submeter tanto ao ambiente, encontram um sentido próprio no viver, naquilo que fazem, porque tiveram a ilusão de criação do mundo, mesmo o mundo já estando lá.

Mas se tudo fori imposto de fora (do ambiente), esta criança apenas reagiu e não pôde viver sua vida espontaneamente, portanto o sentido da vida não foi enraizado pela busca protegida, mas sim, pelas reações às intrusões frequentes.

O sentido é uma conquista. Depois de favorecido em fases de dependência, um indivíduo conseguirá buscar o que se quer pelo próprio sentido pessoal. Mas aquele que não solidificou tal conquista, estará reagindo em suas escolhas para atender demandas que não são próprias.

Portanto não é o propósito de vida que traz sentido à vida, mas sim, o sentido de vida conquistado e facilitado pelo ambiente cuidador que irá possibilitar o indivíduo configurar escolhas próprias naquilo que ser quer ser, estar e fazer, permitindo integrar obrigações para atuar com possibilidades, algumas já programadas em nosso destino e outras que poderão chegar por meio de condições de capacitação e desenvolvimento pessoal, desde que não infrinja os destinos numa escala coletiva.

Crie, sonho, busque, mas esteja certo que esta busca está pautada em seus valores e no seu sentido pessoal. Nada adiantará ter um Norte que todos desejam para você, se você quer mesmo ir para qualquer outra posição, onde o seu sentido pessoal realizará o seu propósito de vida. E lembre-se, a sua posição é exclusivamente sua, ninguém poderá toma-la de você! Apenas você é o(a) detentor(a) de seu propósito de vida, ninguém mais! Que você encontre aquilo que quer, pode e deve ser, fazer e estar.

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Palestrante e Trainer em Desenvolvimento Humano, Psicoterapeuta, CEO da Spaço Quality (Gestão da Qualidade de Vida do Trabalhador e EKZISTI (Desenvolvimento Humano).

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